A Blasfêmia contra o Espírito Santo
“Na verdade eu vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens, os
pecados e todas as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que
blasfemar contra o Espírito Santo, jamais será perdoado: é culpado de
pecado eterno. Isso porque eles diziam: Ele está possuído por um
espírito impuro”. (Marcos 3: 28 a 30).
A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma das coisas que mais
preocupa os cristãos e muitos se perguntam se já cometeram tal pecado.
Há também várias interpretações sobre o que seria esse delito. Alguns
afirmam que essa blasfêmia é o suicídio ou o adultério, outros, que é a
rejeição da divindade de Cristo. Há ainda quem diga que é a cauterização
da consciência humana diante de uma vida pecaminosa. Enfim, o único
consenso é o reconhecimento de ser um erro imperdoável. Mas, para
chegarmos a uma conclusão, devemos analisar o contexto dessa passagem
bíblica:
Mateus, Marcos e Lucas relatam de forma diferente o acontecimento. Mateus diz que Jesus fez essa afirmação após curar um endemoniado cego e mudo e os fariseus atribuírem esse milagre a Satanás (Belzebu); Marcos não menciona a cura, apenas essa acusação feita pelos escribas (capítulo 11); Lucas fala da cura e da blasfêmia separadamente (capítulo 12). De qualquer forma, tanto Mateus quanto Marcos, relatam que Jesus citou o pecado imperdoável após algumas pessoas afirmarem que Cristo expulsava os demônios através do próprio demônio (Marcos 3:30).
O "pecado sem perdão" pode ter sido cometido pelos escribas e fariseus na presença de Cristo, quando negaram, não o milagre, mas a atuação do Espírito Santo no mesmo. Ou seja, conheciam profundamente as Escrituras, estavam na presença de Cristo, ouvindo Sua mensagem e portanto tinham plena consciência do que era o Evangelho, que estava sendo anunciado. Mesmo assim, com um nível tão alto de compreensão e na presença do próprio Deus encarnado (e sabendo que ele era o próprio Filho de Deus), propositalmente tentavam "derrubar" a Cristo, com essas acusações. Porém, talvez alguns estejam com uma dúvida: "Por que disse que esse pecado PODE TER SIDO cometido?" Essa afirmação foi feita pois a bíblia não diz explicitamente que os fariseus cometeram tal pecado. Afirma que "aqueles que cometerem tal pecado..." Aliás, acredito que mesmo com toda a gravidade, injustiça e maldade das acusações feitas, eles não tenham chegado ao ponto de cometer esse pecado imperdoável. Deus conhece o coração do homem e até onde ele pode chegar. Nosso Pai sabia que Jesus seria duramente condenado, injustiçado e acusado e mesmo assim, o seu amor é tão grande, que todos tiveram (e tem) a oportunidade de alcançar o perdão, até mesmo aqueles que o crucificaram. Penso eu que, caso essa acusação fosse a famosa "blasfêmia contra o Espírito Santo", Jesus teria os alertado antes do ocorrido, dando mais uma oportunidade a esses indivíduos maus de não cometerem este erro. Podemos dizer que foi um alerta, um "cartão amarelo" de Jesus para eles e para outros que porventura estivessem com o mesmo pensamento, a fim de mostrá-los que estavam entrando num caminho de morte, que poderia culminar no pecado sem perdão. Era um um último aviso!
O amor e a graça de Deus são tão grandes, que para o homem não conseguir perdão é uma tarefa quase impossível. Podemos dizer que, em vida, praticamente não existe pecado imperdoável. Basta o indivíduo arrepender-se e ter fé no Evangelho. Sabemos que Cristo veio ao mundo para instituir uma Nova Aliança e pela Graça de Deus, podemos ser perdoados de qualquer tipo de pecado (I João 1:7-9). A única forma do ser humano não alcançar a misericórdia é rejeitando o Evangelho voluntariamente até o fim de sua existência, ou seja, morrer na incredulidade. Essa é uma blasfêmia contra o Espírito Santo. A condenação por parte de Deus vem apenas quando o homem não crê em sua Palavra (Marcos 16:16).
Mateus, Marcos e Lucas relatam de forma diferente o acontecimento. Mateus diz que Jesus fez essa afirmação após curar um endemoniado cego e mudo e os fariseus atribuírem esse milagre a Satanás (Belzebu); Marcos não menciona a cura, apenas essa acusação feita pelos escribas (capítulo 11); Lucas fala da cura e da blasfêmia separadamente (capítulo 12). De qualquer forma, tanto Mateus quanto Marcos, relatam que Jesus citou o pecado imperdoável após algumas pessoas afirmarem que Cristo expulsava os demônios através do próprio demônio (Marcos 3:30).
O "pecado sem perdão" pode ter sido cometido pelos escribas e fariseus na presença de Cristo, quando negaram, não o milagre, mas a atuação do Espírito Santo no mesmo. Ou seja, conheciam profundamente as Escrituras, estavam na presença de Cristo, ouvindo Sua mensagem e portanto tinham plena consciência do que era o Evangelho, que estava sendo anunciado. Mesmo assim, com um nível tão alto de compreensão e na presença do próprio Deus encarnado (e sabendo que ele era o próprio Filho de Deus), propositalmente tentavam "derrubar" a Cristo, com essas acusações. Porém, talvez alguns estejam com uma dúvida: "Por que disse que esse pecado PODE TER SIDO cometido?" Essa afirmação foi feita pois a bíblia não diz explicitamente que os fariseus cometeram tal pecado. Afirma que "aqueles que cometerem tal pecado..." Aliás, acredito que mesmo com toda a gravidade, injustiça e maldade das acusações feitas, eles não tenham chegado ao ponto de cometer esse pecado imperdoável. Deus conhece o coração do homem e até onde ele pode chegar. Nosso Pai sabia que Jesus seria duramente condenado, injustiçado e acusado e mesmo assim, o seu amor é tão grande, que todos tiveram (e tem) a oportunidade de alcançar o perdão, até mesmo aqueles que o crucificaram. Penso eu que, caso essa acusação fosse a famosa "blasfêmia contra o Espírito Santo", Jesus teria os alertado antes do ocorrido, dando mais uma oportunidade a esses indivíduos maus de não cometerem este erro. Podemos dizer que foi um alerta, um "cartão amarelo" de Jesus para eles e para outros que porventura estivessem com o mesmo pensamento, a fim de mostrá-los que estavam entrando num caminho de morte, que poderia culminar no pecado sem perdão. Era um um último aviso!
O amor e a graça de Deus são tão grandes, que para o homem não conseguir perdão é uma tarefa quase impossível. Podemos dizer que, em vida, praticamente não existe pecado imperdoável. Basta o indivíduo arrepender-se e ter fé no Evangelho. Sabemos que Cristo veio ao mundo para instituir uma Nova Aliança e pela Graça de Deus, podemos ser perdoados de qualquer tipo de pecado (I João 1:7-9). A única forma do ser humano não alcançar a misericórdia é rejeitando o Evangelho voluntariamente até o fim de sua existência, ou seja, morrer na incredulidade. Essa é uma blasfêmia contra o Espírito Santo. A condenação por parte de Deus vem apenas quando o homem não crê em sua Palavra (Marcos 16:16).
Portanto, a advertência de Jesus dirige-se aos que rejeitam com consciência
sua mensagem e suas obras. É diferente daquela pessoa que faz piadinhas
maldosas com o Espírito Santo e também não é o caso do indivíduo que
ouve a Palavra e, por não a compreender, não crê. Ainda não se aplica ao
"simples" fato de alguém rasgar a bíblia, pisá-la ou fazer um cigarro
com suas folhas, por não acreditar em Deus. Muito menos é o caso do
ateu, que nega a divindade/existência de Deus e do Espírito Santo,
muitas vezes com ofensas e "palavrões". Isso mesmo, até mesmo aquele
ateu que dedica sua vida a combater a crença em Deus, dificilmente
conseguirá a façanha de realizar essa blasfêmia. Digo isso, pois esses
problemas são frutos de uma não compreensão do que é o Evangelho
genuíno. Todas essas pessoas serão julgadas por Deus quando chegar a
hora e o coração e um possível arrependimento de cada uma só Deus pode
conhecer.
Atribuir voluntariamente a Satanás as obras de Deus ou negar com consciência a sua Palavra (não confunda com o questionamento em relação às falcatruas que acontecem entre os cristãos, atualmente. Isso é defender o Evangelho e não, blasfêmia!) pode ser o primeiro passo para a blasfêmia contra o Espírito Santo, pois é uma ação facilitadora da cauterização da mente, podendo levar o indivíduo à eterna incredulidade (uma "descrença" voluntária, que mesmo sabendo que está errado e conhecendo o poder do Evangelho, persiste em atribuir à Satanás as Obras de Deus). Ou seja, para o indivíduo cometer o pecado sem perdão, o primeiro passo é que ele tenha plena consciência do Evangelho de Cristo e saiba que Deus é o Deus revelado em Sua Palavra. Mesmo diante dessa certeza, essa pessoa faz questão de lutar contra essa convicção. Isso é uma evidência de uma perversão tão grande no coração de um ser que já está "endiabrado". Esse pode ser o pecado para a morte, citado em I João 5:16 .
Atribuir voluntariamente a Satanás as obras de Deus ou negar com consciência a sua Palavra (não confunda com o questionamento em relação às falcatruas que acontecem entre os cristãos, atualmente. Isso é defender o Evangelho e não, blasfêmia!) pode ser o primeiro passo para a blasfêmia contra o Espírito Santo, pois é uma ação facilitadora da cauterização da mente, podendo levar o indivíduo à eterna incredulidade (uma "descrença" voluntária, que mesmo sabendo que está errado e conhecendo o poder do Evangelho, persiste em atribuir à Satanás as Obras de Deus). Ou seja, para o indivíduo cometer o pecado sem perdão, o primeiro passo é que ele tenha plena consciência do Evangelho de Cristo e saiba que Deus é o Deus revelado em Sua Palavra. Mesmo diante dessa certeza, essa pessoa faz questão de lutar contra essa convicção. Isso é uma evidência de uma perversão tão grande no coração de um ser que já está "endiabrado". Esse pode ser o pecado para a morte, citado em I João 5:16 .
Concluindo, o simples fato de alguém se preocupar e estar com
receio de ter cometido ou de cometer esse pecado, é um sinal de que não o
cometeu e que provavelmente não o cometerá. Esse "medo" é uma evidência
que essa pessoa crê em Cristo, que tem o Espírito Santo atuando em sua
consciência e que reconhece a necessidade do perdão de Deus.
Autor: Wésley de Sousa Câmara
Referências:
Bíblia Almeida Corrigida e Revisada Fiel
Bíblia de Jerusalém
Nenhum comentário:
Postar um comentário